A internet foi algo fundada em meados de anos 90 e desde aquele momento já revolucionou para sempre a forma como a humanidade avança no mundo. A inovação, as novas ideias e possibilidades que a internet trouxe fizeram de nós um mundo globalizado, e hiperconectado, onde as informações ficam disponíveis 24 horas e viajam sem limite de alcance.
Não se encontram mais barreiras entre países e continentes, toda informação navega pelo globo em milésimos de segundos. Hoje é possível conversar com alguém vivendo a 10 mil km, fazer uma chamada de vídeo, enviar mensagens de áudio, assistir vídeos, pesquisar receitas, ler livros, fazer compras e mais 1 milhão de coisas que antes da internet eram feitas manualmente ou mesmo ainda nem podiam ser realizadas.
Para chegar nesse ponto em que a humanidade se encontra hoje, foi necessário que a internet passasse por algumas transformações ao longo do tempo; por isso que existem as fases da web sendo elas 1.0, 2.0 e a fase 3.0, que é o foco deste artigo.
Vamos passar por uma breve explicação das duas primeiras gerações:
Na web 1.0 tínhamos a primeira geração da internet. Nela o foco é a busca de informações e os websites são estáticos, ou seja, não possuem animações nem nada no tipo. É como uma mera enciclopédia digital para se fazer pesquisas e buscas de informações.
A web 2.0 não se refere a um grande avanço na questão da tecnologia, e sim um conjunto de novas técnicas de design e execução das páginas da web; começa a existir um cuidado maior com a aparência dos sites. Aqui já temos mudanças na forma de uso, também, porque nesse ponto já começam a surgir as redes sociais, os blogs, os sites de notícias e um pouco de tudo aquilo que temos hoje, em matéria do que se pode encontrar na internet.
O que é Web 3.0?
Também conhecida como Web3 ou a Web Semântica (SW), é a nova forma e o futuro da internet que foca em melhorar a vida dos criadores de conteúdo, redes sociais e interação. O objetivo principal é entregar internet para todos os indivíduos de um jeito mais aberto, transparente, em que o usuário possui controle e inserir de uma forma entrelaçada a tecnologia do Blockchain na internet.
Na web 3.0 o usuário tem a liberdade de ocupar o papel de criador; não precisa ficar apenas como o leitor, mas se tornar um colaborador, criador de conteúdo ou influencer, por exemplo. Isso já vinha ocorrendo na web 2.0, mas de um jeito mais tímido e seletivo. Na Web3 isso se torna mais fácil, já que há criadores de todos os tipos, onde até mesmo um profissional, como um dentista, pode usar o espaço digital para criar conteúdos e deixar seu trabalho mais humanizado.
Imagine um mundo em que você pode controlar suas informações, sem precisar aceitar termos e condições duvidosas vindas de companhias como o Facebook e Instagram, que dizem não cobrar para que as pessoas usem as redes sociais mas que nos bastidores há todo um sistema que vende os dados, possibilita que empresas paguem para falar com você.
Muita gente pode nem imaginar, mas empresas como as que foram citadas acima, possuem bases de dados com as informações que as pessoas passaram ao aceitar as condições sem que lessem; os detalhes vão desde os seus gostos, até os sites que acessa e outras informações. O que tem dificultado um pouco disso foram as mudanças da LGPD e a extinção dos Cookies, que em 2023 já não existirão mais (apesar de já haver formas de driblar essa situação).
A Web Semântica fará de tudo para trazer esse poder de volta, tornando a pessoa a autoridade central, aquela que controla os dados, escolhe se quer compartilhar e o que quer compartilhar. Outras características que fazem parte dessa fase da Web é a Inteligência Artificial, conectividade e uma abertura maior (maior liberdade):
Como já dissemos, a Web 3.0 usa tecnologias baseadas nos conceitos da Web Semântica e linguagem natural para permitir que computadores entendam informações como humanos. Também usará Machine Learning. Esse tipo de inteligência artificial usa dados e algoritmos para imitar o aprendizado humano, melhorando lentamente a assertividade. Essas capacidades permitem que computadores produzam resultados mais rápidos e relevantes em muitas áreas, assim como desenvolvimento de medicamentos.
As plataformas sociais assim como o metaverso operarão sob domínio da Web3 justamente porque é um software open-source (código aberto) e por esse motivo permitirá plataformas orientadas por criadores e conteúdo gerado pelo usuário para serem compartilhados de maneiras que antes eram consideradas impossíveis.
Os já conhecidos NFTs e outros ativos digitais já usam os benefícios da nova tecnologia da Web 3.0 e estão procurando por maneiras de inovar no futuro fazendo uso da rede descentralizada e dispositivos inteligentes.
Qual a diferença se comparado a Web 2.0 e Web 1.0?
Por que a Web 3.0 é necessária quando a Web 2.0 parece estar indo bem, muita gente se pergunta. Inovação e adaptação e afastamento das grandes empresas de tecnologia são apenas algumas das razões pelas quais essa tecnologia está sendo analisada. Web3 significa que havia duas iterações antes dele, Web 1.0 e Web 2.0; com 1.0 sendo o primeiro tipo de internet que estava ao lado da invenção da internet em geral, a Web 2.0 foi a iteração adicional em cima disso quando os smartphones vieram à tona.
Web 1.0
No início foi a primeira internet, Web 1.0; originário da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa e se tornou a primeira rede digital global. Naquele momento, como já falado no início do texto, a internet era 100% focada em leitura. Os anúncios foram totalmente banidos na Web 1.0. Os sites rodavam principalmente em código HTML e foram popularizados por sites como AltaVista e GeoCities.
À medida que as URLs dinâmicas vieram à tona, mais interatividade para os usuários tornou-se predominante e os sites somente leitura tornaram-se obsoletos, a Web 1.0 desapareceu para a nova Web 2.0 em meados dos anos 2000.
Web 2.0
A principal premissa por trás da Web 2.0, essa nova forma da internet, era a interatividade e a imersão geral que um usuário poderia usar durante as experiências de navegação e sentir nas diferentes redes sociais. A Web 1.0 era conhecida como o estágio Somente leitura da vida útil da Internet, enquanto a Web 2.0 mudou para o estágio Leitura/Gravação, permitindo que as pessoas vissem o conteúdo postado por outras e também pudessem compartilhar - fotos, vídeos, textos, artigos de blogs e mais.
Essa geração da internet é o que nos trouxe ao mundo das redes sociais como Facebook, MySpace, Twitter e até mesmo permite fazer coisas como gerir as contas bancárias on-line sobre as quais a pessoa tem o controle e pode criar uma conta sem precisar mais ir até uma agência bancária, por exemplo.
Essa era de fornecimento de dados permite que as empresas transmitam uma mensagem de experiência do cliente e, ao mesmo tempo, obtenham informações valiosas sobre usuários que seriam revendidas a anunciantes de terceiros.
A Web 2.0 é a evolução atual da internet que conhecemos e amamos hoje, a capacidade de comentar, postar, engajar, participar e se comunicar com outras pessoas é apenas algumas das maneiras pelas quais essa forma de internet é usada. Talvez um novo significado venha desta era digital de crescimento generalizado das empresas tecnológicas: a Revolução da Indústria de Conteúdo. Empresas focadas em tecnologia e a indústria do entretenimento cresceram exponencialmente devido à Web 2.0.
Web 3.0
Como mencionado, a Web3 será a próxima evolução da internet e fornecerá um caminho para usar a internet e socializar de novas formas visionárias. Essa evolução trará uma internet de código aberto e segura para dados, adaptada às necessidades individualistas de cada pessoa. Ela irá combinar leitura, escrita, dinâmica, estática e outras formas de interatividade que podem proporcionar uma experiência que impactará, e muito,
Será o ambiente ideal para soluções de blockchain para criptomoedas como o blockchain Ethereum, a introdução de contratos inteligentes que podem dar maior propriedade de ativos e aprendizado de máquina avançado que pode contribuir para a humanidade é o que será a Web 3.0 no futuro. Muita coisa, né?
O futuro do Marketing com a Web 3.0
Parece muito bom, não é? Controlar seus dados enquanto experimenta a próxima geração da Internet, onde a tecnologia blockchain faz parte de toda a rede. Web 3.0 não é a internet atual que conhecemos e amamos hoje, esse título ainda pertence à Web 2.0; mas o que o futuro reserva, que tipo de coisas podemos esperar ver e como isso revolucionará a indústria de publicidade e marketing.
Anunciantes e profissionais de marketing perceberão como a Web 3.0 e o Metaverso estarão interligados; a internet não será mais restrita apenas ao que você puder ver no seu telefone ou computador. Novas tecnologias de ponta virão à tona à medida que a tecnologia se adapta, já podemos ver isso em inovações como realidade virtual e realidade aumentada.
Muitos profissionais de marketing estão ansiosos pelo uso da web semântica e da inteligência artificial para ajudar a preencher a lacuna entre humanos e computadores. De forma indireta, os líderes de negócios e profissionais de marketing terão que se concentrar mais em uma mensagem sobre ser mais focado no usuário e promover produtos que também o usuário tenha a propriedade completa do item ao mesmo tempo.
O uso da internet estará em todos os lugares, não apenas computadores e smartphones. Ainda não foi totalmente implementada hoje em dia, mas já vemos sinais de que existe e que mudará e revolucionará toda a indústria.
Conclusão
A Web 3.0 será uma evolução revolucionária na internet que conhecemos hoje, conectando humanos e computadores de maneiras que nunca pensamos ser possível.
Ainda não sabemos muito sobre essa tecnologia que está enfrentando um crescimento exponencial, da mesma forma que não entendemos completamente criptomoedas, cartões de crédito ou mesmo Web 1.0 e 2.0.
A indústria do marketing digital enfrentará uma revolução e evolução ao lado da internet como um todo; desde a criação de anúncios estáticos no Instagram até a criação de obras de arte digitais ou NFTs que exibem as últimas ofertas da sua empresa. A forma como as empresas se adaptam à Internet em constante mudança para fornecer novos serviços, experiências hiper personalizadas e talvez espaços digitais será a chave para capturar o próximo mercado e seu mercado-alvo ideal.
