Criatividade. Algo que todos temos dentro de nós. Alguns possuem esse lado mais desenvolvido que outros, mas todo ser humano é criativo em algum grau. Na infância o nível de criatividade é maior por conta dos estímulos que são captados e externalizados de forma muito mais fluida e sem bloqueios. Desenhos, animais de massinha, pinturas em telas, tinta nas mãos, brincadeiras de faz de conta, tudo isso é fruto da criatividade.

Na fase a adulta muitos perdem um pouco dessa facilidade de criar por conta das mudanças que acontecem, tanto mentais quanto físicas, enquanto outros seguem desenvolvendo, estimulando e colocando a criatividade em prática.

O ano era 2020. Uma pandemia mundial causada por uma doença fatal que acabou parando o mundo. Quarentena, home office e isolamento social. Uma mudança brusca que pegou todos de surpresa. E agora? O que faríamos com todo o tempo livre que tínhamos em mãos? Ler um livro? Assistir uma série? Ou fazer um desenho?

O desafio

Estávamos trancados dentro de nossas casas sem saber até onde aquilo iria. Na primeira semana, ok. Na terceira o medo e a falta de esperança começaram a aparecer. Como colocar a criatividade em prática num cenário como aquele? Bom, era necessário, já que era isso, ou ficaríamos no tédio.

As pessoas começaram a procurar coisas para fazer, coisas para arrumar em casa, cursos, aprender idiomas e habilidades novas. De alguma forma, todos queríamos sair do mundo real, daquele cenário caótico e entrar em modo “faz de conta”, assim como as crianças. É, a motivação veio. Mas na hora de colocar em prática, eram outros quinhentos.

Sentado na mesa, folhas em branco, caneta na mão e o único barulho era o dos pensamentos. “e se eu começar a história com ele andando por uma rua?” pois é, algumas pessoas tentaram escrever um livro durante a pandemia. Outras escreveram músicas e outros desenharam. Não só isso, a criatividade faz parte de tudo, até mesmo daquela estratégia de marketing digital bem feita, ou mesmo uma forma diferente de como posicionar os tijolos em uma obra.

Solitude e processo criativo

Uma das coisas que o isolamento ensinou foi a solitude. Diferentemente da solidão, que envolve muitas vezes dor e tristeza, a solitude é um estado onde você se isola com você mesmo. É aí que nós analisamos, nos entendemos e acima de tudo celebramos a própria companhia.

Esse estado descrito acima é muito benéfico para a criatividade, pois, ajuda a criar uma atmosfera mais leve, calma e sem as distrações do dia a dia. Isso porque quando nos colocamos em solitude, é para nos resguardar e ter um momento conosco, ao contrário da solidão, é algo proposital. Sem as distrações é mais fácil de se expressar e deixar que a criatividade flua.

Já ouviu falar do processo criativo? É o processo que geralmente os artistas usam na hora de criar. Cada um tem o seu. É algo personalizado, como por exemplo pessoas que colocam música nos momentos de criação, outros que entram debaixo do chuveiro, dormindo ou até mesmo apertando uma caneta. É um padrão que ativa algumas áreas do cérebro na hora de criar. Geralmente é realizado sempre na solitude, sem medo de errar, sem medo de julgamentos.

Bloqueio criativo

O bloqueio criativo ocorre quando se tem um bloqueio na hora de realizar qualquer coisa que envolva a criatividade, não nos deixa ativar o modo “fora da caixa” e ter nem ao menos ideias para realizar algo. É como se estivesse ali dentro, mas a resposta não vem. Uma situação realmente frustrante.

Como se livrar do bloqueio criativo

É preciso entender que um bloqueio pode ocorrer por diversos fatores que vão desde algo físico a condições emocionais, como tristeza, ansiedade ou estresse acumulado. O recomendado é buscar várias fontes de inspiração, mergulhar no mundo daquilo que se quer realizar, e, acima de tudo, precisa haver um grande esforço para entender as próprias emoções. Até mesmo se distrair um pouco fazendo algo que gosta antes de retornar às atividades ajuda muito.

Quem diria que a pandemia iria nos ensinar tanto. No final, a criatividade está sob nosso controle, e o que precisamos fazer é exercita-la e nos entender, saber qual a nossa melhor forma de trabalhar, para então atingir o máximo.

Se coloque em solitude por um momento e não tenha medo de si mesmo. Se conheça e use o potencial máximo que está lá dentro. Corra para descobrir qual seu processo criativo e não perca nenhuma ideia, por mais louca que pareça. Pensar fora da caixa é extrair o máximo do que pode de sua mente. Corra para se descobrir, entender seu processo criativo e extrair o melhor que sua mente pode oferecer.